Educação e Tecnologia

Tudo que está relacionado a educação e a tecnologia farão parte deste blog.

domingo, 25 de outubro de 2009

http://www.openzine.com/aspx/Zine.aspx?IssueID=5022#

http://roose.glogster.com/Roose/?voucher=7f42c51dd71f73f2aafa8918cc74b5ee#

http://www.amazon.com/Pocketdoodles-Kids-Bill-Zimmerman/dp/1423604652/ref=sr_1_1?ie=UTF8&s=books&qid=1233418711&sr=1-1

tp://www.makebeliefscomix.com/Comix/?comix_id=11776345C142042

Professora Educada...


domingo, 18 de outubro de 2009

O software para a Educação Infantil


O Software para a Educação Infantil
Algumas considerações sobre o uso de softwares na Educação Infantil


           Cada dia mais vem se desenvolvendo a indústria do software destinado à Educação Infantil. Por incrível e contraproducente que pareça, o mercado está inundado de programas dito educativos, destinados à crianças de 18 meses ou até menos!

Uma grande parte dos produtos comerciais possuem características muito heterogêneas, muitos são traduções de outros idiomas, sem adaptações às características de nossa realidade; outros ainda, limitam-se a utilizar algum personagem da televisão ou cinema, de sucesso entre as crianças pequenas.

A primeira tarefa é a identificar a concepção teórica de aprendizagem que está subjacente a ele, pois, para que um software seja educativo, deve ter sido concebido segundo uma teoria de como o sujeito aprende, de como se apropria do conhecimento.


Mesmo sem levantar a questão da necessidade, conveniência ou não desse uso, já que não é o objetivo principal desse artigo, a pergunta que devemos fazer é " podem esses programas ser chamados de educativos" em que vão poder ajudar para que os objetivos educacionais sejam atingidos, a aprendizagem que se adquire com seu uso pode ser transferida para outras instâncias educativas ou situações da vida real?


Na escola, cabe ao professor em conjunto com a coordenação pedagógica e àqueles que trabalham com informática aplicada à educação determinar os "supostos benefícios" do material.

Considerações


Apresentação do produto:

O primeiro cuidado é não se deixar envolver pela apresentação do produto. A utilização de frases de impacto, cores vistosas, descrições que lembram contos de fadas, não passa logicamente do uso dos ditames da publicidade, pois são postos no mercado para vender e bem !


Indicação para faixas de idade muito amplas:


Não confundir o fato de que um bom programa educativo deve ser adaptável a diferentes níveis de desenvolvimento com aqueles que apregoam usos por crianças na faixa de "2 a 7 anos". Em muitos casos o que vai se encontrar é que o software não foi construído para nenhuma idade determinada, pois se o fosse, seria praticamente impossível abranger atividades que estivessem de acordo e fossem interessantes para uma faixa tão ampla de idade.


Identificação da Modalidade do software:


  • exercício e prática
  • jogos
  • simulações
  • hipermídia
  • tutor inteligente
  • outra: qual?


Aspectos pedagógicos:


O software contempla aspectos motivadores?


Procure identificar quais dos aspectos citados abaixo são enfatizados pelo software:


  • memorização de conteúdos
  • atenção / concentração
  • pensamento lógico
  •  resolução de problemas
  • combinação de vários aspectos


Qual o tratamento que é dado ao erro? Permite que a criança aprenda com seus erros ou apenas verifica se alguma coisa "passada" pelo professor foi assimilada?


Permite a intervenção do professor como agente de aprendizagem, ou seja, permite a intervenção do professor ou se apresenta como autônomo?


Se o software apresentar-se como autônomo, prescindindo do professor, da interação com os alunos, como sendo adaptável a qualquer realidade e situação sem a necessidade do professor, tem como fundamento o ensino programado, no qual a padronização "promove o ensino" de qualquer conteúdo, sem nenhuma problematização.


Quais os níveis de atividades que predominam no software?


· Seqüenciais- as atividades procuram apenas transferir informação? Nesse caso, o objetivo é apresentar o conteúdo para que o aluno memorize, de modo a poder repetí-lo.


·Relacionais- Procura a aquisição de determinadas habilidades, permitindo que o aluno faça relações com outros fatos ou outras fontes de informação. A ênfase é dada ao aluno e a aprendizagem se processa somente com a interação entre esse e a tecnologia.


·Criativo, Aberto- Associado à criação de novos esquemas mentais, possibilita a interação entre pessoas e tecnologias compartilhando objetivos comuns, levando a um aprendizado participativo. Normalmente estes softwares permitem modificações e adaptações de acordo com as necessidades do professor.


Em relação ao conteúdo:


  • verificar se apresenta algum tipo de preconceito religioso, racial ou de sexo;
  • apresenta condutas violentas ou promove atitudes contrárias aos valores do projeto educacional da instituição onde vai ser utilizado?
  • o conteúdo é adequado e atrativo à idade a que se dirige o programa?
  • apresenta múltiplos caminhos para a solução do problema?
  • apresenta diferentes alternativas de uso para que não se torne cansativo para o aluno em pouco tempo?
  • trata de temas que não fiquem obsoletos em curto prazo?
  • os conteúdos e as atividades respondem às necessidades de ensino- aprendizagem dos níveis e áreas do conhecimento a que se dirige?

Aspectos técnicos:


  • as telas são bem diagramadas?
  • os recursos de animação são de boa qualidade?
  • os recursos de som são bem utilizados?
  • o tempo de resposta é satisfatório?
  • todas as opções estão implementadas?
  • as instruções são apresentadas claramente?
  • apresenta help-desk?
  • contém material de apoio para o professor?
  • pode ser utilizado em rede e em conjunto com a Internet?
  • é compatível com o hardware da instituição?
  • apresenta recursos de hipertexto e hiperlink?
  • qual a mídia utilizada?


Vemos que avaliar um software para uso educativo exige muito mais do que conhecimento sobre informática exige conhecimentos sobre as teorias de aprendizagens, concepções educacionais e práticas pedagógicas, técnicas computacionais e reflexões sobre o papel do computador, do professor e do aluno no contexto educacional.

Muito do que escrevemos neste texto aplica-se a qualquer tipo de software educativo, não só aos destinados à Educação Infantil. Mas, como pretendemos escrever outro texto mais detalhado sobre software para outros níveis de ensino, optamos por colocar esse título.


Como sua instituição está avaliando o software que utiliza? É importante que conscientizemos as instituições e seus educadores que a escolha de software educativo está intimamente relacionada à proposta pedagógica que é desenvolvida. Se a instituição não estiver atenta a todos esses fatores, está usando o software tal como o livro didático, que muitas vezes não tem nada de educativo, além de gastar muito dinheiro que nada vai acrescentar aos seus propósitos pedagógicos.


Bibliografia:

SEABRA, Carlos - Software educacional e telemática: novos recursos na escola
SILVA , Dirceu - Informática e Ensino: visão crítica dos softwares educativos e discussão sobre as bases pedagógicas adequadas ao seu desenvolvimento



Educação a Distância: a experiência do LED (Laboratório de Educação a Distância)

Educação a Distância: a experiência do LED (Laboratório de Educação a Distância)


O texto se propõe a apresentar a experiência do LED (Laboratório de Educação à Distância) e inicia-se fazendo uma reflexão sobre a história da educação à distância no Brasil, referindo-se a ela como um modelo pedagógico adaptado do formato do livro, tendo seu conteúdo fragmentado e baseado no modelo tradicional e atribui a estes a culpa pelo não sucesso desta modalidade.


O LED foi criado em 1995 pela UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) e está vinculada ao programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção. Este curso teve como principal preocupação a necessidade de aproximação entre professor-aluno e vice-versa.


O LED pauta seus modelos pedagógicos em acões contrutivas.


Citação: "... O ponto fundamental destes modelos é construir conhecimentos e não apenas transmiti-los. ..."


É visto na Educação à Distância que há um grande número de desistência durante o curso, já no LED o indíce de conclusão é superior a 90%.


O curso do LED prioriza a interatividade garantida através de Workshops presenciais, vídeos conferência interativa com áudio e vídeo e dados em tempo real, é também exigido ao professor que responda a todos e-mails garantindo assim o retormo por parte do mesmo.


É importante ressaltar que o LED é composto por uma equipe multidisciplinar.


Citação: "...Essa característica multidisciplinar de equipe é importante para atingir um modelo que contemple todas as atividades. ..."


Considero o LED como um exemplo a ser seguido de educação com responsabilidade, não só para agregar a tecnologia à educação, junção esta dada pela educação-tecnologia que é bastante válida. Vê-se a seriedade e preocupação realmente com o processo ensino-aprendizagem e não apenas como o "status" que a tecnologia oferece. Acredito que este seja um caminho seguro que deve ser trilhado por mais escolas e universdades.

A reportagem referência você encontra no link abaixo:


http://www.comciencia.br/reportagens/socinfo/info04.htm

A Escola de Maria e A Escola do Futuro

A Escola do Futuro



Precisamos olhar o mundo de hoje
com os olhos do mundo de amanhã,
e não com os olhos do mundo de
ontem. (LEVI, 2001).


O Artigo “A Escola de Maria”, publicado por Jaime Balbino, no dia 16/03/07, conta a rotina de uma professora, Maria, que já está incluída no mundo digital, ela conhece e utiliza várias das novas tecnologias implementadas pelo Governo em sua sala de aula. O artigo destaca alguns projetos que estão sendo colocados em prática agora, são projetos pilotos ainda, como o Projeto UCA (Um Computador Por Aluno), a TV Digital Aberta e outros.

A Escola de Maria é uma visão do futuro diante do crescimento das novas tecnologias. Pesquisas mostram que os projetos pilotos estão dando resultados nas escolas, o índice de evasão diminuiu, os alunos estão tendo mais interesse em ir à escola, sabendo que não vão assistir aulas tradicionais, onde o professor fala e os alunos copiam, e a escola também proporciona aos alunos uma educação voltada para a realidade de cada um, buscando inseri-los no mundo digital, dando a oportunidade de conhecer, mesmo aqueles que não têm condições de ter um computador em casa. Os projetos são uma forma de estar em constante comunicação com os alunos.

Muitos professores têm resistência a aceitar as novas tecnologias por achar que irá perder o seu lugar, por não acreditar que dará certo ou por acomodação talvez, mas para a educação ser de qualidade, como dizia Paulo Freire “deve-se educar com as ferramentas de seu tempo”, e as tecnologias estão aí, fazendo parte do cotidiano de todas as pessoas, e cabe ao professor trazer isso para dentro da sala de aula, para tornar as aulas mais interessantes e significativas para os alunos, onde eles terão que construir seus conhecimentos tendo participação ativa no processo ensino-aprendizagem.
Maria pega o ônibus após ter andado cerca de cem metros até o ponto. Passa um pouco das seis da manhã e ela já não fica mais tão cansada depois de 5 anos nesta mesma rotina.



No entanto, muita coisa aconteceu neste tempo e Maria sentiu as mudanças. Só que, ao contrário das épocas anteriores a sua, ela hoje consegue se integrar às novidades e, principalmente,ajuda a construi-las. São milhares de professoras e professores iguais a ela, e é incrível como eles influenciam positivamente este novo sistema educacional, não repetindo a antiga e frustrante disputa entre "ministério x secretaria x prefeitura x escola x diretor x professor...".

Durante o percurso que faz todos os dias entre as periferias da sua casa e da escola, com uma cidade inteira no meio, Maria aproveita para estudar. Ela abre sua bolsa e pega o pequeno aparelho, não maior que um caderno: é seu assistente multimídia pessoal, computador portátil de baixo-custo, muito discutido em meados da primeira década e hoje pivô da revolução educacional que ela sabe que faz parte.

Ela liga o aparelho e o utiliza para sintonizar a TV Digital Aberta no canal de formação continuada, mantido pelo governo federal para o aprimoramento dos servidores das diversas esferas públicas. Existe uma dezena de canais semelhantes a este, voltados para a educação, profissionalização e aprimoramento dos mais variados perfis de cidadãos. A qualidade da programação e a metodologia empregada já renderam prêmios e menções pelo mundo afora. E começa a ser copiada por outros países após a ONU recomendar o modelo.

O programa que ela quer assistir não dura mais do que meia hora. É sobre avaliação no ensino e trata de um aspecto específico do seu planejamento. A "teoria da avaliação" ela já estudou no curso superior a distância que terminou há três anos pela Universidade Aberta, onde se formou pedagoga . Antes, ela era uma profissional de prática, situação hoje quase inexistente, já que o governo agora impõe severas sanções aos estados e municípios que não qualificam seus professores.


Sendo o programa ao vivo é possível participar por e-mail, fax, telefone, chat e até vídeo-conferência. Seu assistente multimídia pessoal pode estabelecer uma conexão sem-fio, via rádio, diretamente com um provedor público ou particular de Internet. Mesmo distante destes provedores é possível se conectar a eles através de "pontes virtuais" criadas por outros computadores semelhantes próximos a ela. Como praticamente todo mundo tem um - inclusive as crianças em idade escolar - quase nunca Maria fica isolada. Estes canais de TV Digital do governo também funcionam como provedores, num acordo mantido diretamente com as prefeituras de cidades de pequeno e médio porte (como a sua), que são economicamente inviáveis para a iniciativa privada e cujo serviço de Internet já vinha sendo oferecido de forma independente - e quase clandestina - pelos próprios municípios à população, num movimento silencioso iniciado em 2006.


Mudanças na antiga Lei Geral de Telecomunicação que privatizou na década de 90, transformou o acesso à Internet em serviço essencial (como água, luz e telefone) e permitiu ao Estado retomar investimentos e prover serviços em casos especiais - situação antes proibida pela lei, por medo de uma "reestatização" do setor. Isto garantiu uma universalização rápida do acesso, principalmente nas regiões isoladas e em populações marginalizadas.


Mas mesmo se Maria não tivesse acesso à Internet e não pudesse interagir com a programação, ela poderia assisti-la passivamente, da maneira tradicional, já que o sinal digital da TV é de ótima qualidade e possui maior alcance que o antigo sinal analógico.

Maria vê a conversa no chat, mas interage pouco para prestar atenção na aula. Nem seria necessário, pois neste mesmo momento ela também grava o programa. Não no seu pequeno computador, subsidiado pelo governo do seu estado, sem condições de compactar e armazenar um conteúdo multimídia tão grande. Este pequeno milagre é possível porque já há algum tempo Maria programou o setup-box que tem em casa - aparelho que converte o sinal digital da antiga TV - para gravar este programa.


Mais tarde ela poderá transferir o conteúdo para seu PC ou gravar um DVD. Toda programação da TV Digital é indexado e possui uma ficha anexa com informações relevantes sobre seu conteúdo. Assim Maria pode criar um catálogo pessoal e até realizar buscas sobre temas, textos e imagens específicas.

Todos estes equipamentos ela conseguiu através de subsídios, isenção de impostos e financiamento estatal. Maria ainda "se deu ao luxo" de escolher um setup-box mais avançado que o sugerido pelo governo, para poder gravar seus programas favoritos e estes cursos de formação.


No tempo que resta da viagem, depois que o programa termina, Maria digita alguns pequenos lembretes no seu assistente, usando a tela sensível ao toque do aparelho. Ela ainda acha muito difícil digitar ou escrever com uma caneta-apontador, por isso escreve frases curtas que farão parte da composição que ela tem que enviar ao curso que acabou de assistir.

Quando Maria desce do ônibus já se passou quase uma hora. Ela ainda terá que andar alguns quarteirões até a escola. Seus pensamentos não estão na escola ou no trabalho que mais uma vez está preste a desempenhar. Ela pensa na família. Procura se lembrar de algo que acha que esqueceu... Não deve ser nada importante, mas a sensação a incomoda.

Enquanto se aproxima da escola. Seu assistente pessoal, que está parcialmente desligado dentro da sua bolsa, se conecta ao servidor da escola e recebe os últimos informes e atualizações. Maria não é avisada de imediato pela máquina, mas da próxima vez que ligar o pequeno computador, já dentro da sala de aula, descobrirá, por exemplo, que Sandra, uma aluna sua, faltou hoje por causa de uma forte gripe.

Caberá a Maria designar um colega que more perto de Sandra para gravar a aula em seu assistente pessoal e mais tarde transferir os dados para o assistente de Sandra. Caso seja vizinho, este colega nem precisará ir à casa de Sandra, basta estabelecer uma conexão sem fio com ela para realizar a missão. (Mas é claro que a boa educação manda que seja feita uma "visitinha" de cortesia...) Assim como os professores, cada aluno possui um assistente pessoal, porém as máquinas dos alunos são diferentes. Possuem teclado real e uma área branca destina à escrita e ao desenho a mão-livre. Também são mais resistentes a quedas e mais coloridos. Cada criança personalizou seu assistente com grafismos, trocando as cores de partes da carcaça e criando capas para guardá-los.

O assistente que Maria foi parcialmente subsidiado pelo seu estado e financiado a juros baixo pelo governo federal. Ele foi montado localmente, com peças importadas, já que não havia ainda fábricas de semicondutores e para os demais componentes eletrônicos. Os assistentes das crianças foram adquiridos pelo governo federal e doado às crianças por intermédio da escola. No primeiro ano eles foram importados já montados, após uma avaliação dos custos e do impacto real na economia. A partir do segundo ano, as máquinas começaram a ser fabricadas localmente e o governo conseguiu negociar a fabricação das partes mais complexas, impulsionando um desenvolvimento tecnológico real ao manufaturar os componentes de alta-tecnologia no próprio país.


Porém, o principal desafio é o desenvolvimento de novas metodologias educacionais integrando-as a uma rede de serviços que dê sustentabilidade à tecnologia. Novos paradigmas surgiram e o conhecimento adquirido neste processo faz do país referência internacional em educação.


A filosofia de trabalho e muitos dos programas instalados são idênticos em ambas as máquinas. Mas os assistentes das crianças não possuem receptores para TV Digital, elas podem acessar a programação ao vivo pela rede sem fio da própria escola e, é claro, em suas casas, através de aparelhos de TV novos ou ligados a setup-box, cujos modelos mais simples são muito baratos. Na biblioteca da escola também é possível acessar alguns programas que foram gravados no servidor.

A classe onde Maria leciona continua tendo 37 alunos - como a 5 anos atrás. A diferença está no baixo índice de evasão e na perceptível melhora no aprendizado, possível graças à maior oferta de recursos pedagógicos e a implementação de novas metodologias e técnicas de planejamento. Maria passou também a lecionar em uma única escola, conforme a lei de valorização do profissional de educação que agora regulamenta a profissão de professor e estimula sua qualificação profissional.


Seus alunos agora têm acesso a recursos pedagógicos que ela nem sonhava na idade deles - e mesmo depois de se tornar professora. A maioria destes novos recursos estão embarcados nos pequenos assistentes multimídia pessoais dos alunos:


Não se aboliram os livros impressos, mas agora eles se concentram em literatura e não em publicações didáticas. A dinâmica das aulas e sua estrutura hipertextual inviabilizou as publicações tradicionais.


As ferramentas de comunicação embutidas nos aparelhos e a rede virtual sempre ativa criam um ambiente colaborativo rico e produtivo. As próprias crianças conseguem estabelecer regras de convivência no mundo virtual e desenvolvem uma metodologia própria de produção em grupo que supera todas as teorias e treinamentos dados aos professores quando da adoção destas máquinas. Maria inclusive faz parte de um grupo de pesquisa virtual, mantido por uma universidade do sul, que estuda este fenômeno.


Simulações e pesquisas multimídia agora são possíveis. A biblioteca da escola oferece um acervo virtual que quase torna dispensável a Internet. Os próprios professores enriquecem esse acervo com suas indicações de links. É possível manter controle sobre todos os acessos realizados à biblioteca e à Internet, o que permite classificar os materiais mais acessados e, em raras situações, bloquear materiais impróprios ou indesejáveis.


A produção do aluno é armazenada em seu portfólio virtual e, dentro de certos parâmetros, pode ficar disponível na Internet para visualização da comunidade. O objetivo é fortalecer a relação entre o trabalho do/a aluno/escola e a sociedade, sua influência e interdependência.


Agora é possível realizar experimentos de medição e coleta de dados complexos em campo já que os assistentes funcionam como laboratórios portáteis. As próprias crianças constroem os sensores, colhem os dados e os interpretam.


Além de exercitar o aprendizado visual com filmes, viagens e exposições artísticas, as crianças podem desenvolver sua própria produção áudio-visual, através de oficinas ou iniciativas próprias, já que as câmeras de alta-resolução disponíveis nos seus assistentes lhes permite fotografar e filmar. Até foram criados concursos e mostras estudantis para este tipo de produção.


Para integrar de maneira eficiente todos estes elementos, uma nova estrutura de trabalho pedagógico teve que ser desenvolvida... e ainda está em elaboração pelos próprios professores. As idéias, reflexões e experiências são registradas por eles mesmos - seguindo parâmetros previamente acordados - e se transformam em boas práticas que influenciaram toda a rede de ensino. As diversas secretarias de educação tem liberdade para desenvolver metodologias próprias que são avaliadas nacionalmente por meio dos novos indicadores educacionais. As boas práticas detectadas são normatizadas e compartilhadas.


Dentro da escola, Maria não é só uma professora. Ela opina, contribui, elabora e avaliza cada decisão. Da mesma forma que estimula seus alunos a fazerem o mesmo. Estando em uma única escola e sendo incentivada a permanecer nela, Maria pode se apoderar deste espaço, como seus alunos são estimulados a se apoderar do conhecimento e dos recursos para sua construção.


Maria agora volta para casa mais cedo que em outros anos, quando dobrava sua carga de trabalho. Ela lembra do que a atormentava de manhã, no caminho para a escola, e abre novamente seu assistente dentro do ônibus. Ela digita um pequeno recado para seu marido e o envia pela rede sem fio até a retransmissora da TV Digital. Todas as televisões da cidade recebem o recado, mas somente o setup-box na casa de Maria o aceita e exibe a mensagem na tela da TV: "Querido, não esqueça que mamãe chega hoje a noite, arrume a casa e pegue ela na rodoviária".

Maria está tranquila. Sua auto-estima resgatada resume o fato de que ela, agora, compreende seu trabalho.

Mensagem para você PROFESSOR com muito carinho!



Ser Professor,



Ser professor é professar a fé e a certeza de que tudo terá valido a pena se o aluno sentir-se feliz pelo que aprendeu com você e pelo que ele lhe ensinou…


Ser professor é consumir horas e horas pensando em cada detalhe daquela aula que, mesmo ocorrendo todos os dias, a cada dia é única e original…


Ser professor é entrar cansado numa sala de aula e, diante da reação da turma, transformar o cansaço numa aventura maravilhosa de ensinar e aprender…


Ser professor é importar-se com o outro numa dimensão de quem cultiva uma planta muito rara que necessita de atenção, amor e cuidado.


Ser professor é ter a capacidade de “sair de cena, sem sair do espetáculo”.


Ser professor é apontar caminhos, mas deixar que o aluno caminhe com seus próprios pés…

Parabéns, a todas (os) vocês! Desejo que em cada momento a paixão intensa de educar e fazer o diferencial na vida de cada um de seus alunos permaneça sempre.

Um beijo enorme no coração de cada um!



sábado, 17 de outubro de 2009

My imagens!


My imagens!




My imagens!


My imagens!


My imagens!


My imagens!


sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Sites bacanas para Professores!

Confira a lista dos principais sites selecionados para o professor aproveitar nas suas aulas e nas atividades em sala de aula:
• www.aomestrecomcarinho.com.br

Aborda temas de cidadania, sexualidade, informa sobre a carreira no magistério.

• www.mec.gov.br

Ministério da Educação

• www.novaescola.com.br

Reúne reportagens da Revista Nova Escola, fóruns sobre questões educacionais, bate-papos com professores e profissionais da área, agenda de eventos, plano de aula, informações pedagógicas e bibliotecas.

• www.estudefacil.com.br

Traz dicas de cursos inovadores, notícias atualizadas sobre a área educacional e artigos.

• www.educacaoonline.pro.br

Atualidades do campo educacional no mundo.

• www.educacional.com.br

Traz dicas sobre temas trabalhados em sala de aula, redação on line, relato de experiências de profissionais daárea educativa e encaminhamentos metodológicos.

• www.educacaosuperior.inep.gov.br

Traz informações sobre as instituições de ensino superior, avaliações oficiais dessas instituições e a situação legal dos cursos, incluindo também informações sobre o financiamento estudantil.

• http://sitededicas.uol.com.br/

Reflexões sobre educação, dicas de atividades, softwares educativos, calendários com eventos educacionais, relação de escolas do Brasil na internet, materiais didáticos.

• www.educacao.gov.br

Traz os principais indicadores de educação, níveis de ensino, modalidades e a organização educacional completa do país.

• www.educarede.org.br

Reúne material de diversas disciplinas que pode ser usado pelos professores em sala de aula.

• www.museudapessoa.net

Museu virtual de histórias de vida aberto à participação de quem quiser compartilhar sua história. Permite pesquisar sobre temas escolares e exposições, além de contar com uma biblioteca virtual.

• www.adolesite.aids.gov.br/adolesite.htm

Aborda o tema da sexualidade, das drogas e das doenças sexualmente transmissíveis em uma linguagem especialmente desenvolvida para os adolescentes.

• www.dominiopublico.gov.br

Trata-se de uma biblioteca digital com mais de 14 mil títulos em seu acervo.

• www.teachertube.com/

Vídeos para serem utilizados em sala de aula. O professor também pode postar vídeos que possam ser utilizados por outros colegas. O objetivo é criar uma videoteca virtual.

Dicas de Softweres Educativos
• Drawing for children

Com este software seu filho ou aluno poderá fazer desenhos e escrever textos. O software também conta com grande quantidade de carimbos, planos de fundo e desenhos. Faça o download no site: http://people.cs.uu.nl/markov/kids/draw.html

• Gibizinho

Com ele seu filho ou aluno poderá criar histórias. Contém vários personagens e balões variados para as mais diferentes formas de expressão. A versão experimental está no site: www.kiq.com.br.

• Brincando com a Arie

Software que contém quatro brincadeiras em português e hebraico. Ideal para crianças de até 6 anos. Este software pode ser encontrado em www.krafthaus.com.br. Para fazer o download clique em extras.

• Hagáquê

É um editor de histórias em quadrinhos. Para fazer o download clique em www.hagaque.cjb.net.

domingo, 4 de outubro de 2009

Conteúdos Educacionais

Pessoal, ai vai uma dica sobre conteúdos educacionais.

A Microsoft disponibiliza no site http://www.conteudoseducacionais.com.br/ material rico.
Basta se cadastrar.

O que o blog pode fazer pela educação?

Febre da internet, os blogs vão do caos à liberdade de expressão
Em dados recentes, hoje no mundo, chegou-se a 59 milhões o número de pessoas que acessam os blogs, 15,5 milhões é o total de blogs existentes e um blog é criado a cada segundo. Mas, essa se tornou uma questão muito complexa - os blogs que inundaram o mar da navegação na internet. De um lado estão os que são a favor, como prática de escrita - vale qualquer coisa para ver as pessoas escrevendo - e, de outro, estão os mais puristas que não querem que a linguagem se perca nesses mecanismos que são hoje uma febre na internet. Na verdade poderíamos classificar os blogs como indo do céu ao inferno, da confusão à liberdade plena de expressão.
O que é blog?
Mas o que é um blog? Blog, abreviatura de weblog, é um registro publicado na Internet relativo a algum assunto organizado cronologicamente (como um histórico ou diário), é uma página pessoal onde as pessoas podem exercitar e expressar a si mesmas, usando uma ferramenta simples e eficiente que permite que qualquer pessoa monte um sistema de publicação rapidamente, e passe a publicar o que quiser.
A concepção do espaço pessoal virtual não mudou muito nesses 16 anos de sua criação; o que mudou foi a ferramenta. Existe pouca diferença entre as antigas páginas pessoais hospedadas na Geocities, Fortunecity, Acme City etc. - muito popularizadas na década de 1990, seguidas dos sites de webcam, os grupos do Yahoo! e os fóruns - e os blogs de hoje. Todos passaram e foram esquecidos. Muitas páginas que foram visitadas por milhares de pessoas, consideradas revolucionárias, hoje, em 2006 nem são mais lembradas.
A educação e o blog
Para os professores o blog pode ser considerado uma ferramenta muito útil. No próprio site de busca mais famoso do mundo - Google - existe uma alternativa que permite a pesquisa específica ao universo dos blogs. É possível encontrar de tudo, desde o diário de uma adolescente até um blog onde as notícias mais relevantes podem ser acessadas; desde confissões, fotos da turma, até contos, ensaios ou qualquer outra coisa - quando e de onde quiser. Mas o que é mais relevante quando o assunto envolve gente? Como diz Caetano Veloso: "...Gente é muito bom / Gente deve ser o bom / Tem de se cuidar / e se respeitar o bom...".
Assim, fica impossível classificar com estrelinhas o que é melhor ou não para determinada pessoa (como é o caso dos filmes que entram em cartaz nos cinemas). Não há como fazer crítica. O que é melhor e o que não serve para nada vai da percepção e da necessidade de cada um. A avaliação é muito subjetiva, desde que autonomia e versatilidade passaram a ser as palavras-chave para este espaço virtual da rede de computadores. O que vai ficar para a posteridade? Só o tempo dirá, e ele está mais preocupado em passar do que parar para analisar os blogs.
Espécies de páginas na internet
Existem várias espécies de páginas na internet: são elas os blog, fotologs, páginas pessoais ou o Orkut, que se popularizou de forma tão ampla que até os departamentos de recursos humanos das empresas, durante a seleção para determinados empregos, o consulta para saber qual o tipo de comunidades que o aspirante ao emprego se inclui. Aqui mesmo no nosso portal - Portal da Educação Pública - tivemos a iniciativa de falar sobre este assunto a partir de algumas sugestões de nossos leitores, que acham blogs interessantes para serem divulgados para o nosso público-alvo - os professores e alunos.
O fato é que a ferramenta existe e cabe ao mestre a melhor maneira de orientar seus alunos como deve ser usada. O professor, aquele cuja profissão é dar aulas e orientar, sempre será o mais importante mesmo nesta época em que a informação é abundante e oferecida indistintivamente.
Blogs interessantes: você vai achar um que combine com o seu jeito de ser!
Wikipédia, a enciclopédia livre - Explicação sobre o que é um blog e como apareceu e sugestões de blogs e de como podem ser utilizados.
Blogs na Educação - Um blog que ensina como usar o blog na educação , para aprendizagem.
Blogs na sala de aula - Blog na sala de aula, texto que ensina como é crescente o uso do blog na sala de aula.
Teatrolândia - Experiências em nível da Expressão Dramática, com crianças portadoras de Necessidades Educativas Especiais, em contexto Escolar.
Glossário do Weblog - Glossário dos nomes mais utilizados e dos nomes das ferramentas utilizadas na internet.
Sinopse Info - Serviço de diário oferecido pela Internet para o público em geral.
Dicionário básico para a Internet - "Diário pessoal e público" publicado na internet - é um tipo de página pessoal no qual o dono desenvolve alguma conversa sobre um ou vários assuntos interessantes e deixa aberto um mural com a opinião dos visitantes.
A Escola de Pais - Blog que ajuda aos pais a entenderem e ajudarem seus filhos, com conselhos e dicas também para os jovens.
Portugal dos Pequeninos - Blog que conta a experiência de alunos e professores em Portugal.
Currículo & Cultura - Neste blog de alunos de mestrado, partilha-se as experiências em educação para crianças (Educação Musical, Comunicação Visual e Expressão Plástica).
Inquietações Pedagógicas - Sobre as inquietações pedagógicas dos professores em relação aos alunos, seus medos e ansiedades diante da escola.
Por: Mara Lúcia Martins

Ser um professor virtual



Numa recente viagem de negócios, um senhor, que sentava ao meu lado puxando papo, perguntou sobre meu trabalho. Eu respondi que planejo e ministro cursos na universidade. "Ahn!", disse ele, "Onde você leciona?". Uma resposta peculiarmente honesta saiu de minha boca antes que eu me desse conta: "Em nenhum lugar".E é verdade. Desde 1990 venho lecionando em programas de Educação a Distância, naquilo que um colega meu se refere como "universidade no teclado". Meu trabalho acontece entre a conexão do meu computador com o telefone e o computador de um grupo de alunos universitários localizados a muitas milhas de distância e que, em geral, são mais velhos que a média dos universitários.Em 1990, desenhei o primeiro centro para aprendizagem a distância dos Estados Unidos. Desde então já trabalhei on-line com mais de 7 mil aprendizes. Nunca encontrei, presencialmente, com nenhum deles. O recém-companheiro de viagem queria saber mais sobre esse tipo de trabalho, eu continuei - "Eu leciono no ciberespaço, sou um professor virtual de universidades virtuais".Seu rosto continuava limpo como um céu de brigadeiro, e eu não conseguia saber se o silêncio era devido ao respeito por esse trabalho ou se ele estava confuso. Concluí que os dois motivos eram igualmente importantes e comecei a explicar sobre o declínio dos campi e o crescimento da mente americana educada, segundo meu ponto de vista.Educação a Distância ou programas educativos onde professor e aluno nunca se encontram presencialmente não são nada novos. Em 1840, o Sr. Isaac Pitman, de Bath, Inglaterra, teve a ideia de ensinar habilidades de secretaria a aprendizes das áreas rurais e começou pedindo que eles reescrevessem a Bíblia em letra cursiva e enviassem essa versão por correio para obterem suas notas.Eu não ensino caligrafia, ensino psicologia e recursos humanos e escrevo muitas de minhas aulas da mesma forma que o Sr. Isaac. O correio que utilizo é a rede mundial de computadores (World Wide Web). Utilizo os murais eletrônicos para colocar as atividades e devolvo as mesmas com correções, comentários ou nota por correio eletrônico. Às vezes ministro aulas em sala de bate-papo quando se faz necessário.Este é um modo válido de oferecer uma educação superior de qualidade? Será que é possível aprender sem estar sentado em carteiras arrumadas em fila numa sala ouvindo um professor, seguindo o método cuspe-e-giz? Claro que sim. De fato, enquanto muita gente acha difícil imaginar uma universidade sem prédio, eu hoje acho difícil ensinar em qualquer outro lugar que não na liberdade de um ciberespaço. No ciberespaço, eu escuto, leio, comento e reflito sobre o que meus alunos têm a dizer - cada um, individualmente. Eles são obrigados a escrever o que sabem, não basta sentar passivamente na última carteira pensando na morte da bezerra. É preciso pensar e escrever, participar ativamente do aprendizado.Não conheço meus alunos pelos seus rostos ou pelo lugar na sala mas através de suas ideias expressas nas atividades semanais que ficam publicamente expostas on-line. Meu papel, hoje, é o de guia. Em geral, o que os estudantes escrevem uns aos outros ou o modo como colocam suas ideias ou seu trabalho nos artigos e debates é extremamente edificante.A idade média de meus alunos é 40 anos, vários têm 50 ou 60 anos. Eles não poderiam interromper suas carreiras profissionais para frequentar uma universidade presencial-uma entidade moldada segundo os monastérios dos tempos medievais. Eles sabem o que procuram numa universidade, e uma cibereducação é talhada para eles, pois respeita suas habilidades de definir o conhecimento que lhes é mais apropriado. Sem a censura do olhar de colegas ou do professor, que poderia interromper sua fala, os alunos sentem-se mais encorajados a expor seus pontos de vista usando a escrita, o que permite abrir um debate com a turma.A ideia de que o melhor ensino para a mente americana é o modelo de uma fábrica - onde os estudantes sentam em fileiras bem arrumadas, levantando suas mãos para pedir permissão de falar, ajustando-se à aulas expositivas de 50 minutos que quebram o saber em pedaços - nunca se mostrou como um método eficaz. Mais ainda, numa linha de montagem todos recebem a mesma informação via livro-texto, aula expositiva e revisão de conteúdos para que todos passem com a mesma qualidade nas provas.Talvez o fato de ensinar um curso de artes liberais via um ambiente virtual faça sentido para mim porque me remete ao que aprendi ser uma verdadeira educação em artes liberais. Quando estudei filosofia em Atenas, Grécia, me disseram que para aprender algo de verdade deveria jogar fora livros-texto e cadernos de aula. E contar apenas com a habilidade natural de pensar criticamente uma determinada situação. Platão e seus discípulos vagavam ao redor de Atenas argumentando aqui e ali até chegarem a um entendimento.Aprendi o que Platão sabia: uma educação de verdade não ocorre em prédios, ocorre na cabeça do estudante. Bons estudantes evitam a memorização, em seu lugar desenvolvem habilidades de debater e argumentar sobre um tema.Em suma, bons estudantes desenvolvem habilidades em trocar palavras com outros colegas com uma fantástica precisão intelectual.Meus ciberalunos têm livros-texto e livros como auxiliares da aprendizagem - não como o único néctar do saber a ser bebido; eles vão beber também na fonte da cooperatividade através de seus esforços on-line em debates, conferências e artigos. Eles pensam sobre o que vão dizer e vêm para a aula, a cada semana, tão bem preparados para argumentar e digitar suas ideias como poucas vezes acontece numa aula presencial.A universidade virtual, por mais estranha que pareça, é tão clássica que seria praticada por Platão se houvesse uma forma de autoestrada de comunicação naquele tempo. Quanto a mim? Eu sou a favor de menos educação acontecendo entre quatro paredes e mais aprendizagem acontecendo na mente dos estudantes.

Direitos reservados para o site geteducated.com (2000). O texto original (em inglês) encontra-se no endereço http://www.geteducated.com/articles/virtprof.htm

Um novo perfil de professor

Retirado do artigo "Internet e Educação", originalmente publicado na Revista Guia da Internet.Br. Rio de Janeiro: Ediouro, n. 5, 1996.

A introdução do computador na sala de aula e a conexão das escolas na Internet exigirá uma preparação adequada dos professores para lidarem com as máquinas e para enfrentarem as questões apontadas a partir desse novo contexto.
O campo da Informática voltada para a educação é ainda incipiente. Há relativamente poucos programas educativos e nem todos unem a qualidade técnica com a eficácia pedagógica. Na Internet, é difícil encontrar sites criados especialmente com fins educacionais.
Está certo que uma homepage com hipertexto supera, em alguns aspectos, as possibilidades de um livro didático comum. Mal se estabelece a conexão com um novo site, somos surpreendidos com a variedade de imagens e cores que surgem no monitor. Para as versões mais novas do Netscape, há inclusive a possibilidade de som e movimento. Levantar da cadeira para pegar outros livros na biblioteca? Nem pensar... Sem sair do lugar podemos, em segundos, mudar de assunto, consultar fontes de outros países ou ouvir a opinião de alguém sobre determinada questão. E a tendência é que essas possibilidades se ampliem cada vez (está aí a promessa de Bill Gates de que a Microsoft apresentará um instrumento de navegação ainda mais eficiente).
Mas como usar tudo isso em sala de aula? Como obter benefícios didáticos desse instrumental? Afinal, de uma maneira geral os programadores de home-pages e de softwares de navegação não têm formação na área da Educação, e quando se preocupam em produzir algo didático nem sempre observam o campo educativo de uma maneira crítica e atualizada.
Com efeito, se não houver uma preparação consistente do professor que lida com esses meios, muitas vezes tais atividades terão pouca validade pedagógica. A utilização da informática e da Internet na escola pode correr o risco de fechar-se em si mesma, isto é, no uso do computador pelo computador.
Moderno ou Conservador? Nas últimas décadas as escolas têm feito um esforço no sentido de renovar seus métodos didáticos. Devemos isso, em parte, às críticas de teóricos da Sociologia, como por exemplo Pierre Bourdieu, que sinalizou que a sala de aula podia ser um espaço de reprodução (e não de transformação) das estruturas sociais, quando ensina (ou "domestica") o aluno segundo os moldes e exigências da ideologia dominante. A Psicologia também contribuiu, nos últimos tempos através da escola americana, propondo alternativas concretas para se tornar a sala de aula um espaço de maior prazer para o aluno. Dentro dos limites do sistema educacional de hoje (e procurando ultrapassá-los), os professores estão mais interessados em dar voz ativa ao aluno, em formar seres capazes de se expressar por si mesmos, de dar suas opiniões e tirar suas próprias conclusões. Pessoas capazes de refletir com consciência crítica sobre a realidade, e de transformá-la.
A Internet tem grandes contribuições a dar nesse sentido. Entretanto, ela não é um material didático pronto, e sim uma rede de comunicações. Os professores deverão estar bem preparados não só para lidar com esse instrumental e retirar dele possibilidades de pesquisa, como para usá-lo de forma coerente com o modelo pedagógico em que acreditam. Pode-se apenas pensar que se está sendo moderno e renovador porque se utiliza um computador ligado à grande rede, enquanto na verdade se está fazendo um trabalho que não desafia o aluno a se superar, que o faz depender mais e mais da máquina, que não desenvolve sua criatividade. Nesse caso, o computador apenas substitui o velho professor-transmissor de conteúdos, despejando conteúdos sobre o aluno passivo e repetidor das verdades absolutas.
Ao contrário disso, para ser coerente com os pressupostos dos paradigmas pedagógicos modernos, o uso do computador e da Internet deve colocar o aluno como centro do processo, dando-lhe papel ativo, permitindo-lhe construir o conhecimento, trazendo-lhe textos que o questionem, procurando formar sua capacidade de raciocínio, sua criticidade, e motivando-o a ser um agente de construção de novas realidades: modernas, desenvolvidas tecnologicamente, mas tendo sempre o ser humano como valor fundamental.
O ideal seria que a escolha de cada software e de cada atividade em conexão com a rede fosse determinada por uma visão de educação e por fins específicos que se pretendam alcançar. Não se moderniza a escola apenas pelo fato de dotá-la de parabólicas, televisões, computadores ou por conectá-la à Internet, como também não se transforma a visão de professores tradicionalistas apenas convencendo-os da utilidade da tecnologia. Indo mais longe, não se reverte o papel da escola de instituição reprodutora de desigualdades apenas pelo fato dela ser tecnologicamente moderna, nem se garante o direito de todos a uma educação de qualidade simplesmente pelo fato de todas as escolas se equiparem com laboratórios de computação.
A escola moderna precisa desse novo professor: que passe a contar com as possibilidades da comunicação em rede como um instrumento a serviço de seus ideais educativos; que proponha currículos e conteúdos mais flexíveis, evitando o hermetismo; que tenha uma concepção não-linear de pesquisa e veja o hipertexto como uma interessante alternativa; que saiba manter a coerência entre os pressupostos das teorias pedagógicas e a utilização dos recursos didáticos; que se interesse por construir uma sala de aula humana e participativa com e para além da máquina, investindo nas relações pessoais e comunitárias.
A nova realidade escolar que associa palavra e imagem, máquina e ser humano, real e virtual, comunicação presencial e em rede, exige um novo perfil dos educadores. Destacamos que eles deverão ser: a) profissionais atualizados, contextualizados no debate sobre o pós-modernismo e suas implicações para a educação; b) usuários críticos da tecnologia, capazes de associar o computador às propostas ativas de aprendizagem; c) cidadãos atentos aos desafios político-sociais que estão envolvidos no contexto pedagógico de hoje.
A escolha por uma linha de trabalho que associe a Internet com as pedagogias ativas solidificará a nova função do professor como orientador da pesquisa e facilitador da aprendizagem.
Por: Andreia Cecilia Ramal

Redes de conhecimentos e professores: impacto da tecnologia na escola

Estamos em uma sala de aula do início dos anos 1950, na França. Os alunos, com os ombros levantados, olhar fixo, acompanham a fala da pessoa que lhes veio apresentar um aparelho de TV. A professora, com o corpo tenso, a face virada para os alunos, tenta ver, com os cantos dos olhos e espanto na face, o que fala o expositor, a única pessoa à vontade na sala. É a primeira vez que um aparelho de televisão entra em uma sala de aula no país.
Essa imagem de tensão ante a tecnologia foi usada pela professora Nilda Alves, do Programa de Pós-Graduação em Pedagogia da Uerj, na palestra de abertura do III Seminário internacional: as redes do conhecimento e a tecnologia - professores/professoras: textos, imagens e sons (III Semint), realizado entre os dias 6 e 9 de junho, como exemplo de que às vezes é necessário mudar tudo em função da incorporação de uma nova tecnologia, apesar desta desrespeitar o que havia antigamente.
Segundo Nilda, uma das organizadoras do evento, nessa terceira edição do Semint, a tecnologia e as redes de conhecimento foram discutidas tendo por centro o professor. Para a professora, escolas e todas as outras organizações que tem atividades educacionais - igrejas, partidos políticos, movimentos sociais e outros - estão perdendo força por desconsiderarem o fato de que a sociedade atual é permeada por essas redes. Por isso, é preciso investigar esse fenômeno e a educação.
Perspectiva histórica
Em todas as edições do Semint acontece a última mesa, quando um grupo de pesquisadores que acompanhou todas as palestras apresenta uma síntese do evento, segundo a professora da Uerj, que participou desse grupo.
Este ano, entre essas apresentações com balanços pessoais sobre o evento, Nilda destaca a observação da professora Rosália Duarte (PUC-Rio) que observou o fato de ser o primeiro seminário sobre tecnologia em que ela esteve que se preocupou com a questão da histórica.
Segunda a professora Nilda, essa preocupação esteve presente em todas as mesas redondas. Na primeira - Paisagens da formação de professoras/professores -, no dia 7, por exemplo, ela destaca a apresentação do professor Loïc Chalmel, da Universidade de Rennes.
Da exposição do professor francês, Nilda destacou o fato de ele mostrar como o fenômeno das redes é bem anterior à revolução da informação e como as ideias que circulam por essas redes influem nas práticas pedagógicas, entre elas a maneira de se representar a realidade.
Neste caso, Loïc apresentou como a rã era apresentada nos livros didáticos. No início do século XX, o animal era mostrado parado contemplativo. Depois, em certo momento, era necessário ir ao campo observar o anfíbio em seu habitat. Por fim, o professor mostrou um livro didático deste século em que há uma série de fotos da rã durante o salto.
Na segunda mesa redonda, no dia 8 de junho - Práticas de professores e professoras: textos, imagens e sons -, Nilda chamou a atenção para a exposição da professora portuguesa Carmo Barbosa. Com base nas sugestões presentes nos livros didáticos mais usados, Carmo conseguiu reconstruir a metodologia usada pelos professores no período.
Na mesa do terceiro dia, foi a oportunidade do professor de filosofia Milton von Zuben (PUC-Campinas) discutir o que a tecnologia está trazendo de crise para a humanidade. Segundo a Nilda, Zuben mostrou como os artefatos tecnológicos têm marcado uma ruptura efetivamente epistemológica, na teoria da ciência, para qual a filosofia ainda não tem resposta.
Conhecimento: construção x criação
Segundo a professora, a ideia da realização do primeiro seminário, em 2003, partiu da observação de que existem outras formas de produção de conhecimento que não a científica, feita pelos professores da linha de pesquisa sobre currículo do Programa de Pós-Graduação em Educação (PropEd).
Para Nilda, na via que ela chama de científica, o conhecimento é construído de forma linear. "Você põe uma base e, acima dessa base, outra coisa e outra em movimento linear, seguindo um plano", fala.
No caso das redes, ela observa, não existe esse plano. "Dependendo das relações que você tenha, do que você vê, do que você passa, de quem você tenha contato, você vai ter um determinado tipo de conhecimento que tem haver com esse processo, que não é nada linear, que é exatamente em redes", salienta.
Como esse conhecimento é produzido por essas relações, para Nilda, o correto, neste caso, é dizer criação e não construção.
Publicado em 20/06/2005 por Léo Silva.

Dicas sobre: Teoria e Análise das Redes

Um texto introdutório excelente para quem quer buscar referências de qualidade para o estudo das redes sociais é da Professora Raquel da Cunha Recuero, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. O texto denomina-se Teoria das redes e redes sociais na Internet: considerações sobre o Orkut, os Weblogs e os Fotologs. Esta disponível no site da RITS: http://www.rits.org.br/redes_teste/rd_tmes_jun2005.cfm .A professora Raquel Recuero também tem outros três artigos analisando as redes muito interessantes: Weblogs, Webrings e Comunidades Virtuais (2003); Warblogs: Os Blogs, a Guerra do Iraque e o Jornalismo Online (2003); Webrings: as Redes de Sociabilidade e os Weblogs (2004). Todos estes textos estão disponíveis em www.pontomidia.com.br/raquel/artigos .

Inclusão Digital: Entrevista com Sérgio Amadeu, sociólogo e doutor em Ciencia Política.

Esta é uma entrevista com Sérgio Amadeu da Silveira que é sociólogo e Doutor em Ciência Política pela Universidade de São Paulo. É professor da pós -graduação da Faculdade de Comunicação Cásper Líbero. Autor de várias publicações, entre elas: Exclusão Digital: a miséria na era da informação. Militante do Software Livre.
Sérgio concedeu esta entrevista no final de 2005 sobre a inclusão digital no país. Como tratou de questões atuais e complexas, achei que seria interessante publicá-la aqui. Aí vai:

1. Qual a importância que se deve conferir à inserção digital num país com as carências sociais e educacionais do Brasil?
A exclusão digital é um fenômeno extremamente perigoso, pois priva a maioria da sociedade do acesso e uso de tecnologias que ampliam a inteligência humana. Enquanto as elites são cada vez mais aptas a processar, armazenar e transmitir informações com velocidade, a maioria da população está privada desses meios. A grande diferença das tecnologias da informação das anteriores é que enquanto as tecnologias industriais ampliavam a força humana e a sua capacidade de criar bens materiais em escala, as tecnologias informacionais superdimensionam a inteligência e a capacidade de transformar informações em conhecimento. Assim, sem combater a exclusão digital podemos estar caminhando para que as desigualdades sócio-econômicas gerem deseigualdades cognitivas. Devemos considerar isto um grave problema social. Não basta dizer que precisamos colocar giz e quadro negros nas escolas. Precisamos da Internet, da wikipedia, de acessar aos livros do projeto Gutenberg, ao site das Olimpíadas de Matemática, aos projetos da Nasa, aos jornais on-line, aos mapas do Google, precisamos capacitar nossos jovens para saber navegar no que foi chamado dilúvio informacional.

2. A inserção digital, no Brasil, é uma questão de política pública?
Ainda não é, mas deveria ser. Problemas sociais exigem políticas governamentais específicas, ou seja, exigem políticas públicas. Ocorre que o Brasil tem avançado muito na conscientização deste problema e no envolvimento de ONGs e empresas em vários projetos de acesso coletivo à Internet, mas infelizmente a maioiria dos dirigentes públicos ainda vêem as ações de combate a exclusão digital como medidas de promoção de suas gestões, como marketing político. É óbvio que isto é positivo, mas uma política pública exige planejamento, recursos e marco legal bem definidos. Uma política pública pode ser alterada quando se alternam os partidos, mas não abolida. A educação é uma política pública. Por isso, um governante quando inicia a sua gestão não pensa em descartar sua rede de professores, nem fechar suas escolas. A inclusão digital precisa chegar a esta condição. Veja bem, considerar a inclusão digital como política pública não significa que ela deva ser feita sem a parceria com a sociedade civil. Ao contrário, ela deve envolver no seu planejamento, execução e controle as entidades legítimas da sociedade civil. Deve também pensar qual o lugar do apoio das empresas privadas.

3. É uma questão de C&T, do domínio da educação ou das duas?
A política de inlcusão digital não pode ser entendida como distribuição de computadores ou como adestramento das pessoas para usar máquinas digitais, como ATMs dos bancos. Inclusão digital é principalmente uma política de formação e capacitação da sociedade para utilizar as tecnologias da informação para aumentar seus conhecimentos sobre a realidade, para comunicar-se com a velocidade informacional média do nosso tempo, para usá-las em benefício próprio. Costumo usar de exemplo, a primeira gestão do então presidente norte-americano Bill Clinton que distribuiu computadores nas escolas rurais de seu país. Quase todos viraram sucata. Faltou capacitar os professores, conectar as máquinas às redes e construir uma rede de suporte. A inclusao digital, no Brasil é uma política tecnológica pública que passa pela educação formal e pela ampliação da cidadania. Isto quer dizer que devemos informatizar rapidamente todas as nossas escolas, capacitar os professores para o processo de ensino-aprendizado em rede e para utilizar a Internet como instrumento didático. Considero um enorme despoerdício de tempo quando vejo tudo o que é possível fazer com a wikipedia, enciclopédia colaborativa, e, ao mesmo tempo, sei que nem 40% das escolas brasileiras estão conectadas à Internet. Esta é a prioridade na área da Educação. Segundo, é preciso criar uma ampla rede de telecentros, ou seja, locais públicos e gratuitos de acesso à rede mundial de computadores. A conexão das escolas não resolve o problema de termos a maioria das nossa população fora da escola. As pessoas, crianças, adolescentes e adultos, têm o direito à comunicação mediada por computador. A cidadania na era digital passa pelo direito ao acesso aos governos, à Justiça e ao comércio eletrônicos, à comunicação instantânea e, no mínimo, a um e-mail. Resumindo: defendo conectar todas as escolas, como fez a Província de Extremadura na Espanha, e construir uma rede de locais públicos de acesso das comunidades carentes à Internet, os telecentros.

4. As políticas públicas hoje em prática, no país, atendem a essas necessidades?
Ainda não, mas temos já o início de sua construção. A prefeitura de São Paulo, na gestão da prefeita Marta Suplicy, iniciou um programa de montagem de uma rede de telecentros na periferia extrema que chegou a atender 500 mil usuários. O goevrno de São Paulo tem um programa chamdo infocentros. O goevrno do Paraná tem os telecentros sendo montados nas regiões carentes. O goervno da Bahia também está concluindo uma rede de 200 telecentros e o governo federal está montando o programa Casa Brasil. O interessante é que excetuando, o programa do Governo do estado de S. Paulo, todos os outros programas que citei utilizam a plataforma informacional livre, ou seja, usam software livre. Isto dá maior autonomia tecnológica ao país e reduz o desperdício de recursos públicos escassos com o pagamento de licenças de propriedade. Por outro lado, estas iniciativas são descoordenadas e muitas delas dependem do "gestor de plantão". Por exemplo, a Caix Federal, assim como exige que os projetos habitacionais obedeça determinadas normas ambientais, deveria cobrar que todo o conjunto habitacional tivesse um espaço para um telecentro, embutido o custo da rede, conexão e computadores. Outro exemplo. até quando vamos aceitar que os recursos do FUST (algo em torno de R$ 3 bilhões) fiquem contigenciados? A estabilidade econômica é fundamental, mas ela pode ser melhorada se conseguirmos aumentar a empregabilidade da sociedade e as competências de nossa inteligência coletiva. Se formarmos massivamente nossos jovens com software livre reduziremos o custo Brasil e aumentaremos nossas possibilidades de desenvolvimento de tecnologia.

5. Como se associa a educação básica à questão da inserção digital?

Primeiro, rediscutindo com os educadores o papel das tecnologias da informação no cotidiano escolar. Segundo, formulando diretrizes básicas que poderão ajudar a capacitar nossos educadores para a realidade do ensino no ciberespaço. Terceiro, apostando fortemente em ferramentas colaborativas que permitam os alunos a entender a dinâmica do conhecimento e a importância de aprender. Exitem milhares de possibilidades de aprofundar a formação com os recursos da Internet. Ferramentes como twiki, rau-tu e outras devem ser colocadas à disposição de alunos e professores. Quarto, defendo colocar em uma escola de cada cidade uma "caverna digital". É uma solução de cluster de alto processamento capaz de criar um ambiente 3D desenvolvida pelo Laboratório de Sistemas Integrados da Poli-USP, dirigida pelo Prof. Zuffo. Com a "caverna digital"podemos ter um verdadeiro palnetário em cada cidade do país. Podemos ligar a criatividade do pessoal do "anima mundi" para criar conteúdo 3D para as "cavernas digitais". Ensinar com estes recursos ficará mais eletrizante e despertará a nossa vocação criativa também para a ciência e para a tecnologia.


6. Quais as prioridades que uma política pública desse gênero para o Brasil deve contemplar?
Acho que já respondi. São suas: 1) conectar todas as escolas brasileiras à Internet e formar nossos professores para o ensino-aprendizado em rede; 2) montar uma enorme rede de telecentros capaz nas áreas de pobreza do nosso país. Para isto, seria bom que a sociedade cobrasse dos candidatos a presidente da República (todos) um compromisso em liberar o FUST e de implementar software livre em todas estas escolas e telecentros. Vamos avançar um pouco nesta questão. Para colocarmos uma sala com apenas 20 computadores em 100 mil escolas brasileiras teremos que adquirir 2 milhões de computadores. No modelo de software proprietário, além de privarmos nossos técnicos ao acesso ao código-fonte daquilo que usamos, seremos obrigados a pagar no mínimo R$ 200 milhões somente pelas licenças dos softwares básicos. Para que este desperdício de recursos escassos? Por que não usar um conjunto de softwares livres que são mais seguros, abertos, estáveis e pelos quais não pagamos licenças de propriedade e nem remetemos royalties ao exterior? Somente para reforçar o poder do monopólio mundial de software para desktop? Usar software proprietário em programas de inclusão digital e educação é mais que um equívoco, além de ilógico, é um enorme desperdício. Devemos fazer como o governo do PT de Itajaí, do PMDB do Paraná ou do PFL da Bahia, ou seja, usar software livre na inclusão digital.

7. Que apoio o mercado pode dar nesse sentido?
O mercado pode apoiar em vários momentos: seja na doação de equipamentos, seja na formação de monitores e professores, seja na manutenção das escolas e telecentros. Acho que as empresas privadas poderiam dar um grande salto de qualidade na sua colaboração com a inclusão digital do país, organizando em cada associação empresarial um projeto de telecentro comunitário em uma área carente. O ideal é fazer junto com entidades da comunidade e com o Poder Local. Ao invés de cada empresa fazer uma ação pequena e muitas vezes descontínua porque não se reunir a atuar com força. Isto também é responsabilidade social.

HQs!


Igualzinho ao papai...Em tempos bem diferentes!

sábado, 3 de outubro de 2009

My avatar!